Além de revelar novas imagens científicas do Universo, com detalhes nunca vistos antes, o telescópio James Webb, da Nasa, também capturou a assinatura distinta de água, juntamente com evidências de nuvens e neblina, na atmosfera de um exoplaneta.
Nas informações divulgadas nesta terça-feira (12), os achados revelaram a presença de moléculas de gás específicas ao redor de um planeta gigante gasoso, quente e inchado que orbita uma estrela distante parecida com o Sol.
Chamado de WASP-96b, o corpo celeste foi descoberto em 2014 e é um dos mais de cinco mil planetas fora do nosso Sistema Solar confirmados na Via Láctea.
Ele está localizado a cerca de 1.150 anos-luz de distância na constelação de Phoenix — o objeto não tem análogo direto com qualquer um dos planetas que orbitam o Sol, segundo a Nasa.
O WASP-96b tem uma massa menor que a metade de Júpiter e é muito mais inchado do que qualquer planeta que orbita nosso Sol.
De acordo com a Nasa, a temperatura do planeta pode atingir 537ºC e está orbitando “extremamente perto” de sua estrela, parecida com o Sol — a separação é nono da distância entre Mercúrio e o Sol, completando uma volta ao equivalente a cada três dias e meio na Terra.
Cientistas acreditam que a combinação de tamanho, período orbital curto, atmosfera inchada e falta de luz contaminante de objetos próximos no céu tornam o WASP-96b um alvo ideal para observações atmosféricas.
Primeiras imagens do Telescópio James Webb - Imagens: Divulgação Nasa |
Descobertas
Essa, contudo, não foi a primeira vez que um telescópio observou água em exoplanetas. O Hubble analisou várias atmosferas de exoplanetas nas últimas duas décadas, capturando a primeira detecção clara de água fora da Terra em 2013.
Mas, o que torna o achado do Webb interessante, segundo a Nasa, é a observação mais detalhada do supertelescópio como um salto gigantesco na busca de caracterizar planetas potencialmente habitáveis além da Terra.
Em 21 de junho, o dispositivo de imagem infravermelha e espectrógrafo do Webb, o Near-Infrared Imager and Slitless Spectrograph (NIRISS), mediu a luz do sistema WASP-96 por 6,4 horas enquanto o planeta se movia pela estrela.
Como resultado, os astrônomos descobriram o escurecimento geral da luz das estrelas durante o trânsito e um espectro de transmissão revelou a mudança de brilho de comprimentos de onda individuais da luz infravermelha entre.
E, embra a Nasa já soubesse da existência do planeta, bem como dados sobre tamanho e óbita, o espectro de transmissão atuou revelando detalhes da atmosfera que não eram conhecidos, como a assinatura inequívoca da água, indícios de neblina, e evidências de nuvens que se pensava não existirem com base em observações anteriores.
Segundo a Nasa, agora os pesquisadores poderão usar o espectro para medir a quantidade de vapor de água, restringir a abundância de vários elementos como carbono e oxigênio e estimar a temperatura da atmosfera com mais profundidade.
Os dados devem ser utilizados no futuro para fazer inferências sobre a composição química e geral do planeta, bem como de que forma, quando e onde ele se formou, disse a agência.
Participe de nosso
Grupo no Whatsapp
Fonte: CNN
Mulher que matou a própria filha em SC é procurada pela Interpol há quase 10 anos
Treze Tílias: Conhecido segundo homenageado da Comenda ACAERT
Anderson Leonardo, do Molejo, morre aos 51 anos no Rio
Prefeitura de Joaçaba cria regras para utilização das praças
Empresário de Fraiburgo morre em acidente na Argentina
Sogro é suspeito de atirar em namorado da filha em SC
Corpos enrolados em lonas são encontrados na beira de estrada em SC
Incêndio que matou dez pessoas em pousada no RS pode ter sido criminoso
Suspeito é preso após descumprir medida protetiva em Videira
Preço do frete rodoviário caiu 1,4% em março
Projeto que inclui surdez unilateral total na lista de deficiências é aprovado na Alesc
Polícia Civil de Videira prende suspeito de tentativa de homicídio